domingo, 31 de agosto de 2014

Fisioterapia - GAME OVER ou como fui curada de um dia para o outro

Esta semana foi um turbilhão de emoções contraditórias. Passou por tristeza, desespero, indecisão, esperança, muita dorrrrrrrr, nódoas negras, felicidade.



Na quinta feira acabavam as sessões de fisioterapia e eu já andava desde a outra semana a pensar no que haveria de fazer. A fisioterapeuta que me andava a fazer os tratamentos já me tinha dito que provavelmente teria de fazer mais 20 sessões, coisa que eu já desconfiava uma vez que a dor continuava cá exactamente no mesmo sitio, pese embora ao fim da 1ª semana de fisioterapia tivesse reduzido mas nada de por ai alem.

Já me andava a passar. 20 dias praticamente sem correr e sem notar melhoria significativas. É verdade que a fisioterapia pode ter efeitos diferentes de pessoa para pessoa mas eu não compreendo porque é que comigo tem de ser assim! Porque é que nalgumas pessoas esta dor chata desaparece e comigo teima em ficar? Como é que uma das actividades que me dá mais prazer às vezes tenha um sabor tão amargo? Porque é que esta dor irritante me prejudica não só na corrida mas no dia a dia? Porque é que a toda a hora esta dor me faz lembrar o que de melhor e pior tem a corrida? Não sei. Provavelmente alguém me fez um voodoo muito bem feito que resultou em quase um ano de tentativas frustradas de resolver o problema. 

No sábado e por mero acaso encontrei um companheiro de corridas, o André Noronha, no jogo do Sporting. Conversa puxa conversa o tema acaba por ser o do costume: corrida :) Tens treinado, não tens, qual a próxima prova? E eu em jeito de desabafo acabo por contar que tenho treinado muito pouco porque estou a fazer a fisioterapia mas que não vejo melhorias. O André acaba por me dizer que faz umas sessões de massagem com um massagista e que sabe que ele já tinha tratado muita gente com o mesmo problema que o meu. Contou-me que muita gente lá vai de 2 em 2 semanas para uma massagem geral ou para tratar de uma ou outra dorzita que apareça. Pergunto se ele me pode dar o contacto e ele diz-me que sim. Avisou-me apenas que me ia doer. E muitooooooo. Mal eu imaginava...

A semana iniciou-se e eu ja sabia que na 4ª feita iria ter consulta de fisiatria para reavaliação  e provavelmente para levar com uma "receita" de mais 20 sessões de laser, ultra-sons, ionização e massagem. No entanto na 4ª feira consegui falar com o massagista e ficou agendado para 5ª feira as 21h. Ele avisou logo que as vezes fazia consultas até a 24h. No entanto 5ª feira a hora de almoço liga-me e diz-me que tinha havido uma desistência e que eu poderia ir antes as 19:30 caso me desse jeito. A ultima sessão de fisioterapia seria as 18:30 e acabava as 19h e eu ia logo de seguida. Por isso aceitei de imediato.

Fiquei feliz por chegar ao fim da saga de 20 dias e 20 sessões e ao mesmo tempo um pouco apreensiva com o que me esperava de seguida. Lá fui a consulta na companhia do Xico. Quando cheguei havia um senhor a ser atendido e eu conseguia ouvir os sons de dor que ele emitia. Comecei a temer pelo que me iria acontecer a seguir. A massagem do outro senhor acabou e fui chamada. Ao abrir a cortina aparece um senhor que transmitia uma felicidade enorme. Só de olhar para ele se percebia que é feliz porque adora aquilo que faz. E a medida que o tempo foi passando tive a certeza que assim era.

Pediu-me para falar sobre o que sentia e eu expliquei: fasceite plantar e uma dor no osso da anca esquerda talvez pela compensação que faço por causa da fasceite plantar. Mandou-me despir e deitar na maca e levei uma esfrega que não queiram saber. Nunca pensei que fosse possível dar tantos estalos das costas. De seguida passou para o pé esquerdo e disse-me "Deita-te e relaxa porque vai doer...". Eu acho que até 5ª feira desconhecia por completo o que é dor. Vi estrelas, fui a lua e voltei, disse palavrões, gritei e suei mais que a correr. Mandou-me por de pé e perguntou-me se a dor ainda la estava. Eu estava um pouco indecisa porque o pé me doía e muito mas não percebi se era de estar maçado ou se a fasceite ainda la estava. Mas ele avisou-me que ia ficar dorida e que devia por gelo assim que chegasse a casa. Eu tenho muita tendência para ficar com nódoas negras e por isso quando cheguei a casa já se faziam notar no pé e nas costas na zona das ancas. Pus gelo mas continuava dorida. Ele disse-me que na sexta devia logo correr para ver como estava.

Na sexta acordo e o sintoma mais comum da minha fasceite, dor muito forte quando me levanto da cama e que me faz coxear do quarto ate a casa de banho, tinha desaparecido. Será possivel??? O pé continuava roxo mas a maldita dor foi-se. Fui trabalhar e ao final do dia fiz uma corridinha teste em Monsanto e não é que continuava a não doer.

Para fazer outro teste aproveitei para ir ao Treino Longo do Correr Lisboa. Para mim não seria longo mas sim médio. Estava a pensar fazer 12 ou 14 Km para testar o pé. Tentei manter sempre a mesma intensidade e ver como o pé reagia. Não senti rigorosamente nada durante o treino mas o facto de ter estado praticamente um mês afastada dos treinos mais longos e regulares faz-se sentir.

O que é que se terá passado? Foi quebrado o voodoo? Foi um milagre? O milagre foi o facto do massagista José Urbano ter entrado na minha vida para me salvar :) Obrigado André por mo indicares. Sei que de certeza irei la voltar. Mas espero que por outros motivos que não tratar alguma maleita :)

Ao comparar as massagens da fisioterapeuta com as do Urbano percebo que ela apenas me fazia festinhas:)

2 comentários:

  1. Ah ah ah. Ainda não tinhas dito o nome dele e eu já sabia que só podia ser o grande Zé Urbano!
    Também uma vez safou-me uma fascite no início.
    Sabes que foi um grande campeão da Marcha, atleta olímpico? E que ainda é o recordista nacional dos 5 mil com 18 e tal (em marcha!)?
    Continuação de boas melhoras.
    Beijinhos

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  2. Ora ainda bem, foi uma esfrega mas compensou:)
    Continuação de melhoras e...aproveita:)
    Bjs

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